“Os teus lábios parados eram a noite, o abismo e o silêncio da ondas paradas de encontro às rochas. O teu rosto dentro das minhas mãos. Os meus dedos sobre os teus lábios e a ternura, como horizonte, debaixo dos meus dedos. Os meus lábios a aproximarem-se dos teus lábios. Os teus olhos entreabertos, os teus olhos e osteus lábios a aproximarem-se dos meus lábios. A aproximarem-se dos teus lábios a aproximarem-se dos meus lábios, teus lábios.”
José Luís Peixoto
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