Fringe. Do mesmo criador de Lost esta série alia ficção cientifica e X-Files. Uma agente do FBI, um cientista e o seu filho com um QI de 190, não poderia dar coisa boa. E isso nem sempre é mau como no caso desta série.
Quando comecei a ver estava um pouco de pé atrás, pois pensava que ia ser apenas mais do mesmo mas, agora, estou convencida.
Não percebo nada de ténis, nem tenho intenção de vir a perceber.
Mas quando decorre um campeonato mesmo aqui às portas da escola e não há mais nada de interessante para fazer, uma pessoa vai dar uma vista de olhos. Ainda por cima com as novas condições. Uma entrada nova toda modernaça, um campo novo e umas bancadas grandes.
E, claro, imensas tenistas. Elas são inglesas, francesas, norueguesas, portuguesas, há de tudo. Fomos invadidos por um exercito munido de raquetes e com uma tacada (nem sei se o termo é adequado) bem forte.
Se quiserem dar uma saltada para ver a final, digo-vos que os primeiros 5 minutos são interessantes, depois estão por vossa conta.
Nunca fui muito dada a exercício físico, se puder escapar a essas práticas até agradeço, mas hoje uma amiga minha desafiou-me para darmos um passeio de bicicleta... E lá fui eu toda contente!
Conclusão: 2h30m a andar de bicicleta pela cidade! Estou a desfalecer...
Tarde serena, com versos maduros A reluzir no ramo dos sentidos Tento colher os mais apetecidos, Mas não chego a nenhum. Anão nas horas cruciais da vida, Em que o triunfo exige uma medida, Deixo fugir das mãos os sonhos um a um.
Miguel Torga, “Diário”
Tenho-me sentido um pouco assim um "Anão nas horas cruciais da vida", tentando alcançar algo que não consigo definir e muito menos alcançar.
"O prazer que experimentamos em ocasiões como esta desorienta a mente- se o olhar tenta seguir o voo duma borboleta garrida, fica entretanto preso numa qualquer árvore ou fruto estranhos, se observarmos um insecto, a flor em que repousa consegue que dele nos esqueçamos... a mente é um caos de deslumbramento. "
Cesário Verde. Sinceramente não sabia nada sobre este senhor há uma semana atrás. Agora já sei um pouco sobre a vida e obra deste jovem poeta, cujos poemas tanto me tocaram a mim como sensibilizaram grandes poetas do século XX. Um deles foi Fernando Pessoa (Alberto Caeiro), que dedicou uns pequenos versos a Cesário.
Ao entardecer, debruçado pela janela, E sabendo de soslaio que há campos em frente, Leio até me arderem os olhos O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês Que andava preso em liberdade pela cidade, Mas o modo como olhava para as casas, E o modo como reparava nas ruas, E a maneira como dava pelas cousas, É o de quem olha para as árvores, E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando E anda a reparar nas flores que há nos campos…
Por isso ele tinha aquela grande tristeza Que ele nunca disse bem que tinha, Mas que andava na cidade como quem anda no campo E triste como esmagar flores em livros E pôr plantas em jarros…